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Escala de Coma de Glasgow

A Escala de Coma de Glasgow (ECG) é usada como método para definir a gravidade da lesão cerebral em pacientes, em outras palavras, a ECG avalia o nível de consciência do paciente. Foi publicada pela primeira vez em 1974 por Graham Teasdale e Bryan J. Jennett (do Instituto de Ciências Neurológicas de Glasgow) e é utilizada até hoje por profissionais da saúde como Enfermeiros e médicos. O Advanced Trauma Life Suport (ATLS 10) em sua 10ª edição, trouxe algumas mudanças no uso da escala em 2018.


A nova escala de 2018 propõe a avaliação de mais um ponto a ser observado, a REATIVIDADE PUPILAR (P) onde é avaliado o reflexo da função do tronco cerebral. Este novo item deverá ser subtraído da pontuação anterior, gerando um resultado final mais preciso.


Fatores que podem interferir na ECG


Existem três fontes principais de possível interferência na avaliação de um ou mais componentes da escala.


I- Fatores pré-existentes

  • Diferenças de idioma ou cultura

  • Déficit intelectual ou neurológico

  • Perda auditiva ou impedimento de fala

II- Efeitos do tratamento atual

  • Físico, por exemplo, intubação ou traqueostomia

  • Farmacológico, por exemplo, sedação ou paralisia

III- Efeitos de outras lesões ou lesões

  • Fratura orbital / craniana

  • Disfasia ou hemiplegia

  • Dano medular


A Nova Escala propõe 4 passos para a avaliação que define claramente as etapas adotadas na avaliação de cada componente da escala. Estabelece padronização na estimulação e ênfase no relato dos três componentes, em vez da soma total. Vejamos o esquema a seguir:



Vamos entender o passo a passo:


1º) O primeiro passo proposto é o VERIFIQUE que objetiva identificar fatores que interferem com:

- a comunicação

Ex: Pacientes mudo-surdos não terão uma comunicação efetiva.

Ex: Paciente é um politraumatizado e teve lesão auricular, pode ser que não consiga manter uma comunicação efetiva.

- capacidade de respostas e outras lesões.


2º) O segundo passo é OBSERVE, onde serão avaliados:

- Abertura ocular;

- Conteúdo do Discurso;

- Movimentos do Hemicorpos direito e esquerdo.


3º) O Terceiro passo é ESTIMULE onde serão analisados:

- Estimulação sonora com ordem em tom de voz normal ou em voz alta;

Ex: Peça ao paciente para realizar um comando.

- Estimulação física com pressão na extremidade dos dedos, trapézio ou incisura supraorbitária.


Aí você pode se perguntar, mas onde a pressão deve ser realizada?!! Segue uma imagem das áreas que você poderá aplicar a pressão.



OBS: A estimulação esfregando as articulações do esterno é fortemente desencorajada; pode causar hematomas e as respostas podem ser difíceis de interpretar (ATLS, 2010).


OBS: Agora, deve ser feito uma pressão no leito ungueal por 10 segundos, pode ser com o auxílio de uma caneta, como podemos verificar na primeira imagem acima. Ou ainda, como mostra a segunda imagem, pode ser feito o pinçamento do Músculo trapézio ou a pressão na incisura supraorbitária como a terceira imagem (ATLS, 2010)


4º) O último passo para a sistematização da ECG é a PONTUAÇÃO.

- Neste último passo será dada a pontuação/numeração de acordo com a melhor resposta observada. Vejamos a seguir a nova pontuação.



OBS: Não se esqueça que agora precisamos ainda analisar a REAÇÃO PUPILAR (Em azul) e então prosseguir com as continhas que está aí acima no último quadrinho verde.

Pela tabela podemos observar a mudança de alguns itens como:


  • A utilização no NT (Não Testável). Se não for possível testar algum dos estímulos, não pode colocar 1, a partir da nova atualização, há na tabela, o NT;

  • A "dor" passou a ser classificada como "pressão" em Abertura Ocular;

  • Em resposta verbal houve a substituição da expressão “palavras inadequadas” por apenas “palavras” além de “palavras incompreensíveis” por apenas “sons”.

  • Em Melhor resposta motora: o Termo “flexão anormal” substituiu a "decorticação" e "extensão" substituiu a "descerebração".



Agora que já entendemos a Escala de Coma de Glasgow, vamos entender como representá-la


A mudança veio não somente para alterar conteúdo da escala, mas no sentido de padronizar também a representação desse item muito utilizado por nós da Saúde.


Portanto vamos lá,

Cada item da tabela tem uma letra que os representa bem como suas pontuações máximas, vejamos:



Onde a melhor pontuação é 15 e a pior é 3.

Ex: ECG= O 4 + V 5 + M 6 - P 0 = 15


 

Resultados:


Lesão Leve: pontuação de 13 a 15

Lesão Moderada: pontuação de 9 a 12

Lesão cerebral grave ou Coma: pontuação < ou = a 8

 

Espero que tenham gostado,

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Forte abraço,

Rafaella Scarton


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